Santa Claus

Posted by Ricardo Cazarino | Posted on quarta-feira, dezembro 24, 2008

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Noite de Natal!

Uma noite esperada por muitas pessoas, principalmente pelas crianças...que não deixam o espírito da data se apagar. Uma época para abraçar as lembranças mais remotas, para sorrir entre amigos e beijar a família...Época também de refletir sobre a vida e buscar vôos mais amplos....Para não deixar em branco essas doze badaladas, segue um pequeno vídeo que montei um tempo atrás com letra e voz de Claudia Gomes...




Espaço Social

Posted by Ricardo Cazarino | Posted on sábado, dezembro 20, 2008

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A OCAS precisa de você! Saiba porque:



Velocidade e Superação

Posted by Ricardo Cazarino | Posted on quinta-feira, dezembro 11, 2008

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As pistas de atletismo não estavam nos planos do então menino Lucas Prado, que nasceu em Poxeréu, e creceu em Rondonópolis no Mato Grosso. Sua infância foi como a de qualquer outro menino de sua idade. Olhos bem vivos. Muito brincalhão e arteiro. O jogo de bola com os amigos, correr atrás dos galos do tio e as brincadeiras mais divertidas para qualquer criança da sua idade eram tradições.

Na juventude, antes mesmo dos 15 anos já trabalhava como mecânico. Com 16 anos entrou no Banco do Brasil como auxiliar administrativo através do Projeto Menor Aprendiz. “Meu sonho era me formar engenheiro mecânico e tinha futuro no banco seguindo carreira, talvez de gerente geral.”

O trabalho se mantinha em crescente progresso até 20 de setembro de 2003 quando um deslocamento de retina começou a transformar sua vida. Essa data ficou registrada em sua memória. Nesse dia Lucas teve o primeiro diagnóstico médico: coriorretinite, uma inflamação no fundo do olho.

Começava assim uma árdua rotina de idas e voltas ao consultório médico. Ao todo seis cirurgias tentaram interromper o progresso da doença. Dos 17 para 18 anos, sem mais chances de cura, a luz dos seus olhos se apagaram de forma definitiva. “Os primeiros dias não foram tão difíceis porque o médico disse que eu votaria a enxergar, então estava um pouco tranquilo. Mas na última cirurgia, quando o médico falou que eu ficaria cego definitivamente, veio o desespero.”

A transformação na vida de Lucas foi rápida e dolorosa, assim como para toda a família. A primeira reação foi não aceitar tal situação e se revoltar com as tarefas mais simples que ele fazia sem problema algum antes. A cegueira lhe tirou não só a visão mas também a esperança na vida, chegando ao ponto de desistir de tudo e pensar no pior. “Pensei em morrer várias vezes”, revela Lucas ao lembrar da época.

Passado algum tempo Lucas conheceu um deficiente visual que já treinava futebol especial para cegos. Sem nada a perder, Lucas foi conhecer o esporte, começou a treinar e até viajou para Cuiabá para se aperfeiçoar no futebol para cegos. Mas não teve muito sucesso. Em 2006, com a ajuda da atleta Terezinha Guilhermina, que tem o título de cega mais rápida nos 100 e nos 400 metros, conheceu o atletismo e começou a mudar sua própria história. As pistas de treino passaram a ser sua casa e as vitórias uma adorável consequência de seu empenho. Hoje ele treina em Joinville, em Santa Catarina, e se dedica de 6 a 7 horas por dia com muito suor.

De bom humor com a vida Lucas revela: “Aceitar ser cego é ver o mundo mais bonito do que eu enchergava antes. Hoje vejo o mundo e faço ele do meu jeito! Construo ele do jeito que eu quero, igual no meu sonho! A vida é dura, mas se a gente ver por outro lado, e muito melhor do que ficar reclamando. Dificuldades todos nós temos, basta a gente saber como lidar com ela, erguer a cabeça, olhar para frente e colocar um objetivo nas nossas vidas: ser feliz custe o que custar.”

Lucas Prado ganhou o título de cego mais rápido do mundo ao vencer nove provas das dez que disputou nos jogos entre eliminatórias, semifinais e finais. Trouxe três medalhas de ouro ao Brasil nos últimos jogos paraolímpicos na China.

*O texto acima é parte integrante da matéria especial "Garotos Superpoderosos", da qual tive a honra de escrever para a Revista OCAS - Saindo das Ruas. A revista OCAS é mantida pela Organização Civil de Ação Social - Ocas, a qual elabora um projeto social de reintegração de pessoas em situação de risco. A revista é vendida nas ruas de São Paulo e Rio de Janeiro, onde dos R$ 3,00, do preço do exemplar, R$ 2,00 vão para o vendedor. Na revista, todos os profissionais envolvidos se dedicam de forma voluntária. Contato: ocas@ocas.org.br

A Arte de Contar História

Posted by Ricardo Cazarino | Posted on domingo, dezembro 07, 2008

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Todos nós somos repletos de histórias. Algumas para serem ouvidas, outras para serem contadas! Quem não tem uma história para contar? Histórias de ruas, avenidas, museus, cidades, personagens urbanos, de amor…são elas que desde os tempos mais remotos tem por função armazenar, difundir e expandir conhecimentos e valores, passada de geração a geração.

São tantas histórias que muitas se perdem no tempo e no espaço. E é com o objetivo de resgatar a arte dessas histórias e todo o processo que elas representam, com gestos, olhares, vestimentas, movimentos e sentimentos, que, de forma inédita, a Biblioteca Hans Christian Andersen, localizada em uma praça na zona leste de São Paulo, formou ontem, após quatro meses de curso, a segunda turma de Contadores de História.

Contar hitórias não é algo tão simples…há acima de tudo uma responsabilidade com os ouvintes: as imaginações das crianças que mergulham nas palavras contadas criam ambientes e se permitem viajar, nos olhares curiosos dos adultos e sorrisos discretos dos mais velhos. A tradição dessa arte atravessa fronteiras. Contos, mitos e lendas do imaginário são algumas bases das histórias.

No palco do teatro da biblioteca duplas e trios se revesavam na formação dos novos contadores. Todas histórias com uma mensagem positiva ao final, ou simplesmete, História. Pelos olhares atentos do público passaram algumas versões: a moça da janela a espera do tempo, lendas africanas, o mistério que envolve a Lua, o teimoso macaco simão e sua boneca com piche, o desafio de gestos, a luta dos animais que sonho de conquistar a fama com a música e os os simpáticos sapinhos que de dentro de um latão descobriram que o céu é “…azul,azul,azullll”.

Muitas histórias contatas nos remetem ao tempo de infância…das histórias ante
s de dormir. Mas não são os as crianças que elas atingem. Elas são também uma forte ferramenta em buscar e tirar de qualquer ouvinte a lembrança já esquecida. Elas podem percorrer olhares, sorrisos e aplausos. São também uma verdadeira fonte de vida, para quem conta e para quem ouve.

Essa nova turma de Contadores de História, agora com diploma e tudo, são os responsáveis pela preservação e continuação dessas lendas que passeiam por mundos imaginários. Até a próxima história!



Entre o antigo e o novo ROMANCE

Posted by Ricardo Cazarino | Posted on sábado, novembro 29, 2008

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Nos tempos remotos…
Mitos e lendas sempre são atemporais. A mágia das histórias ecoam em pensamentos das mais variadas gerações e culturas, cada uma com suas particularidades, visões e crenças. Os caminhos que essas histórias percorrem até os dias de hoje são longos... mas suas essências, de modo geral, são preservadas. Temas centrais sobrevivem e renascem a cada momento. Entre os mais comuns: amores, comédias, tristezas, conflitos, lutas, desafios, perdas e romance….ROMANCE! eis aqui um dos mais idealizados e tema central de infinitas montagens que passam da ficção à realidade e vice-versa.

A mocinha e o mocinho em busca do amor eterno amor. Podemos voltar séculos no tempo, ou avançar, como queiram, que a conquista desse sentimento é algo comum entre passado, presente e futuro.

Talvez um dos berços das lendas de ROMANCE está cravada em Tristão e Isolda, um dos contos da Idade Média que traduz um amor perfeito na vida e na morte. Uma das histórias mais trágicas que acaba com uma lágrima de felicidade.

Nos tempos atuais…
A lenda de Tristão e Isolda já foi registrada em milhares de livros perdidos nos cantos pelo mundo, subiu em palcos com as mais simples e complexas produções, e , hoje, está presente na sétima arte nacional. Lançado recentemente, ROMANCE, novo filme de Guel Arraes, faz um passeio pela cultura do cordel nordestino, brinca com a arte, coloca o teatro dentro das telas e o cinema junto com o teatro, tendo como cenário central a lenda dos personagens enamorados pela paixão eterna.

A história de Tristão e Isolda é transportada para o sertão da Paraíba, de forma inédita, junto com os embados das novas e velhas paixões. O calor escaldante do sol que racha o solo seco impede que as volumosas roupas de Isolda cheguem a esse século.

Para compor esse cenário, “Nosso Estranho Amor”, de Caetano Veloso revela na música a arte desse amor : “ …Ah! Mainha deixa o ciúme chegar ; Deixa o ciúme passar e sigamos juntos; Ah! Neguinha deixa eu gostar de você; Prá lá do meu coração não me diga; Nunca não…”

Wagner Moura e Letícia Sabatella são de forma impecável os personagens centrais do filme e dos palcos. ROMANCE concede aos telespectadores a chance de acompanhar a produção teatral dentro das telas do cinema. A mistura de personagens chega a embaralhar a visão, a misturar os textos e a tirar uma fina e delicada comédia.


Yes We Can

Posted by Ricardo Cazarino | Posted on sexta-feira, novembro 07, 2008

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Um fato noticiado pelos quatro cantos do mundo nesta semana e que já entrou para os história global é sem dúvida a eleição de Barack Hussein Obama para a presidência dos EUA. Esse post é apenas um registro dessa vitória e a exibição de um vídeo peculiar. Obama, mais do que um político, representa a quebra de uma hegemonia na sociedade americana tão repleta de preconceitos sociais e raciais.

O primeiro presidente negro a residir na Casa Branca desperta uma esperança já perdida em muitas pessoas...líderes de diversos países demosntram otimismo em relação ao novo líder. A consagração de Obama tornou-se exemplo da luta por um ideal. Povos de várias nações, menosprezados pela cruel discriminação da sociedade alienada e preconceituosa, vêem nele, uma nova proposta de liderança...com certeza há muito a ser feito...talvez o primeiro passo foi dado.

Arte do Riso

Posted by Ricardo Cazarino | Posted on domingo, outubro 12, 2008

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A noite molhada de São Paulo após uma leve chuva deixa o vento bater mais gelado. A grama ainda tomada pelas águas em um antigo terreno de campo aberto na região central da cidade cedia espaço para uma antiga e uma das mais puras arte do riso fácil e sem medo: o circo.

A lona iluminada por um cordão de luzes nada tímido mostrava a que veio em meio as contruções de uma cidade tomada pela pressa a contradições. Aos poucos o público toma as arquibancadas…crianças, adultos e idosos…nessa arte, não há idade certa, todos são levados de forma natural a uma infância que já não volta mais. No picadeiro, o jogo de luzes acompanham cada passo das apresentações.

Sem grandes espetáculos e números gigantescos, o Circo Zanni contagia pela simplicidade e concentra em uma das mais antigas personagens do mundo do circo…o palhaço e sua palhaçadas. Nada de piadas prontas. Um gesto, um olhar, um suspiro especial somado ao tradicional sapato nada modesto e uma maquiagem colorida são o ingresso para o riso perdido.

Acrobatas, malabares, cordas, trapézio complementam o cenário. Uma banda ao vivo acima do picadeiro dão um ar moderno e a sonorização em tempo real. No circo não há profissão certa. Todos fazem de tudo e se tranformam em todos. O guitarrista se torna o palhaço e logo depois já é o desafiante da corda bamba. A tecladista muda de instrumento e logo em seguida voa presa as cordas sobre a platéia…

…nesse mundo de magia e diversão, o único objetivo é levar a arte até onde ela nos permite alcançar...um sorriso tímido ou na explosão de aplausos ao fechar das cortinas.

http://www.circozanni.com/