Grito Escondido
Posted by Ricardo Cazarino | Posted on domingo, março 16, 2008
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De longe suas linhas são imponentes. A cor amarela vibrante escorre pelas paredes e cria um contraste com o cinza da cidade que chora. O clima nublado com ecos de relâmpagos ao fundo não afasta alguns visitantes. As diferentes cores de verdes em um amplo jardim cercam e preservam parte da história. De perto, os olhos vão além. Depara-se com um patrimônio ferido, com medo. Erguido às margens do grito da independência, a Museu Paulista (Museu do Ipiranga) sofre com a falta de recurso, com a ação do vandalismo e agora grita por uma ajuda.
Os monumentos no parque da Independência sofrem calados e nada podem fazer. Leões, cavaleiros e soldados de bronze apanham na cara. Muitos já não estão mais com suas espadas erguidas ao céu. Outros, apenas seguram parte dos armamentos destruídos ou roubados. A bandeira brasileira que do alto do mastro vigiava a cidade, também foi levada.
Projetado pelo engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi e erguido no ano de 1890, o Museu, em sua parte interna é recortado por corredores, escadarias e amplas salas. Possui um acervo de mais de 125 mil unidades entre objetos e arquivos que registram a sociedade brasileira anterior ao século 20 com destaque para a história da cidade de São Paulo.
Os jardins, construídos me meados de 1909, reproduzem o projeto paisagístico inspirado nos jardins dos palácios franceses, como o charmoso palácio de Versailles. Décadas atrás o local era ponto de encontro da alta sociedade, entre árvores delicadamente moldadas pelo homem, flores e chafarizes centrais, o passeio em família era obrigatório. Em 1912 o criador do jardim, o inglês Archibald Forrest declaro: "Aos domingos e feriados, o passeio favorito do povo - italianos, negros, portugueses, alemães, paulistas e ingleses - é ir de carro da Praça da Sé até o Museu do Ipiranga. A viagem ocupa cerca de meia hora...”
O histórico grito “Independência ou Morte” pode ter hoje uma nova visão. A liberdade e o direito à preservação cultural de uma nação e o risco de morte e degradação desse patrimônio monumental.
Os monumentos no parque da Independência sofrem calados e nada podem fazer. Leões, cavaleiros e soldados de bronze apanham na cara. Muitos já não estão mais com suas espadas erguidas ao céu. Outros, apenas seguram parte dos armamentos destruídos ou roubados. A bandeira brasileira que do alto do mastro vigiava a cidade, também foi levada.
Projetado pelo engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi e erguido no ano de 1890, o Museu, em sua parte interna é recortado por corredores, escadarias e amplas salas. Possui um acervo de mais de 125 mil unidades entre objetos e arquivos que registram a sociedade brasileira anterior ao século 20 com destaque para a história da cidade de São Paulo.
Os jardins, construídos me meados de 1909, reproduzem o projeto paisagístico inspirado nos jardins dos palácios franceses, como o charmoso palácio de Versailles. Décadas atrás o local era ponto de encontro da alta sociedade, entre árvores delicadamente moldadas pelo homem, flores e chafarizes centrais, o passeio em família era obrigatório. Em 1912 o criador do jardim, o inglês Archibald Forrest declaro: "Aos domingos e feriados, o passeio favorito do povo - italianos, negros, portugueses, alemães, paulistas e ingleses - é ir de carro da Praça da Sé até o Museu do Ipiranga. A viagem ocupa cerca de meia hora...”
O histórico grito “Independência ou Morte” pode ter hoje uma nova visão. A liberdade e o direito à preservação cultural de uma nação e o risco de morte e degradação desse patrimônio monumental.